Nossa Senhora de Akita – JAPÃO

Nossa Senhora de Akita  

JAPÃO

A Virgem Maria apareceu na manhã de junho da sexta feira do Coração de Jesus em 1973 à ex-catequista Inês Katsuko Sasagawa. Esta devota tinha perdido a audição de um ouvido e tinha sido obrigada a deixar o seu trabalho na paróquia da missão de Myookookoogawa no Japão.

Sasagawa teve de se aposentar antecipadamente e entrou no convento das Servas do Santíssimo Sacramento de Akita. Uma noite, enquanto estava em oração, viu com grande emoção a estátua da Mãe de Deus iluminar-se e animar-se misteriosamente.

A vidente fez imediatamente o Sinal da Cruz. Nesse momento sentiu uma voz que se elevava no ar: 

«minha Filha, minha noviça, tu foste muito coerente na fé que me mostraste. O ouvido doente é para ti uma coisa muito dolorosa mas será curado. Sê paciente. Sacrifica-te e expia pelos pecados do mundo. Tu és para mim uma filha indispensável. Faz os teus propósitos nas servas do Santíssimo Sacramento, reza pelo Papa, os Bispos e os Padres».

A segunda visão de Nossa Senhora foi a 3 de agosto, sempre uma sexta-feira do Coração de Jesus. De novo ouviu provir da estátua as seguintes palavras: 

«Minha Filha, minha noviça! Tu amas o Senhor e te sacrificaste por ele. Mas se tu me amas verdadeiramente, então ouve o que eu te digo: existe tanta gente que ofende o Senhor, por isso eu peço pessoas que consolem o Pai celeste para diminuir a sua cólera. Dedica-te aos exercícios expiatórios para com as pessoas assim ingratas. Aceita o sofrimento e a pobreza por expiação das almas dos pecadores. Isto o deseja também meu Filho. É importante expiar com Ele também por isto. Eu te devo comunicar que a ira de Deus contra o mundo agora é acesa, prepara agora um castigo para a humanidade. Procuro juntamente com o meu Filho amenizar a cólera do Pai celeste, por isso fiz-me ver várias vezes no mundo. As almas vivas devem-se fazer almas expiadoras para manifestar a dolorosa paixão de meu Filho na Cruz e o seu santo sangue e consolar assim o Pai… Por isso eu venho ter convosco… Sacrificai-vos verdadeiramente pelos pecadores. Cada uma com as próprias forças, no seu lugar… ainda que sejais irmãs de um instituto secular a vossa oração é muito importante. Recordai-vos que se rezares fervorosamente muitas almas se reunirão à vossa volta. Não vos deixeis seduzir pela exterioridade. Dedicai-vos com devoção a esta grande função e preocupai-vos com a ação séria e correta de consolar o Senhor. Por isso rezai!»

No dia 13 de outubro a Santa Virgem Maria apareceu no grande acontecimento de Fátima. Novamente a Irmã Inês, como era chamada no convento, em oração perante a estátua acolheu a voz de Maria que lhe disse: 

«Amada filha, escuta bem aquilo que te digo e comunica-o depois ao teu superior: como já te tinha dito o Pai celeste desencadeará uma punição se a humanidade não se converter. Uma punição muito mais dura que o dilúvio universal, uma punição como até hoje nunca se viu. Sobre isto não devem existir dúvidas. O fogo cairá do céu e muitos homens morrerão, também padres e devotos. Os sofrimentos para aqueles que permanecerão em vida serão tantos que terão inveja por aqueles que são mortos. O único meio de defesa será recitar o Santo Rosário e o sinal da Cruz. Rezai pelos bispos e pelos bons padres. Sobretudo para que reinem entre eles paz e harmonia. Porque até quando os homens da Igreja, cardeais, bispos e padres estarão em luta entre eles no interior do Corpo de Cristo, o demônio terá um forte influxo negativo para o desenvolvimento da Igreja interior. Também os padres que sempre me glorificaram se afastarão desta devoção e desonrarão o altar e a Igreja. Por meio de compromissos se alcançará uma conciliação, mas depois muitos padres e eclesiásticos perderão a sua vocação exatamente dentro deste compromisso. O demônio se voltará sobretudo contra aqueles que são perseverantes na devoção ao Pai celeste. O meu sofrimento é forte ao pensar nas muitas almas que serão perdidas… não existirão mudanças, não existirá mais nenhuma possibilidade de remissão dos pecados».

Entre 4 de janeiro de 1975 e 12 de setembro de 1981, a Irmã Inês tinha assistido a um total de 101 fenômenos sobrenaturais de lacrimação, também de sangue, da estátua de Nossa Senhora. Para além do mais foi embaixadora de três mensagens da imagem milagrosa. Para além de 500 pessoas foram testemunhas deste episódio místico entre os quais, por quatro vezes, também o bispo do local, Shojiro Ito di Niigata. Este mesmo saboreou as lágrimas e notou o seu sabor salino; mandou analisar o líquido lacrimal e as gotas de sangue na Faculdade de Medicina de Akita e declarou a sua natureza humana. O sangue emanava o seu odor agradável.

No início, apesar dos resultados, o bispo não assinou um decreto oficial de reconhecimento oficial das aparições. Só em 1984 enviou um escrito aos fiéis da diocese e depôs um testemunho favorável sobre o caráter sobrenatural destes eventos. Convenceu-se definitivamente da autenticidade dos fenômenos quando a Irmã Inês o chamou e conversou com ele. Na realidade tinha sido curada do ouvido durante a oração e podia ouvir tudo. Em 25 de março e no 1º de maio de 1982 um Anjo lhe tinha anunciado que a audição tornaria à normalidade. 

Da parte do Bispo encontramos estas palavras:

«Agora chegou o tempo em que eu tenho que fazer o meu dever… como Bispo da diocese de Niigata assumo-me a responsabilidade de estabelecer quando segue:

1. As manifestações sobre a estátua da Mãe de Deus em Akita mostraram todos os sinais, pelas repetidas demonstrações místicas, de ter um autêntico caráter sobrenatural; nada pode demonstrar que estas tenham tido uma origem natural contrastante com as virtudes cristãs ou que sejam em contraste com a fé cristã;

2. Esperando a decisão final da Santa Sé, se concede aos fiéis de venerar a Mãe de Deus em Akita

na diocese de Niigata como estátua miraculosa».

O derramamento de sangue da imagem de Nossa Senhora de Akita foi reconhecido em 22 de abril de 1984, não sem dificuldade, graças à perseverança e convicção espiritual do Bispo.

Ele vai duas vezes a Roma, onde prevalece a reticência e finalmente obtém do Cardeal Ratzinger a autorização para proclamar a autenticidade do fato antes de renunciar por ter atingido o limite da idade da aposentadoria. Em Abril de 1984 conclui: «Estes fatos apurados após onze anos de estudo são indiscutíveis […]. Por isso, autorizo ​​a veneração de Nossa Senhora de Akita». A fórmula que ele havia admitido em Roma não era inteiramente consistente com aquilo que acreditava. Em junho de 1988, o cardeal Joseph Ratzinger declarou esses eventos dignos de serem acreditados pelos fiéis. 

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